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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

ÍNDIOS DO BRASIL - GOITACÁS



O ÍNDIO goitacás é o senhor absoluto das terras no tempo da Capitania de São Tomé, depois do Paraíba do Sul" (relato de Osório Peixoto em seu livro 1001 Anos dos Campos dos Goitacases"). Fisicamente, possuíam pele mais clara, eram mais altos e robustos que os demais índios do litoral. Reuniam ainda uma "força extraordinária e sabiam manejar o arco com destreza". Tinham o hábito de dançar e cantar em ocasiões festivas, usando o jenipapo para a pintura do corpo e penas de aves com as quais adornavam seus objetos. Viviam nus, deixando o cabelo comprido, formando uma longa cabeleira. Sua alimentação constava de frutos, raízes, mel e, principalmente, de caça e pesca. Eram supersticiosos quanto à água para beber, não bebendo-a de rios e lagoas, mas sim das cacimbas.
Mantinham comércio com os colonizadores europeus, mas com uma peculiaridade: não se comunicavam com os colonizadores. Deixavam seus produtos em um lugar mais elevado e limpo, ficando à distância, observando as trocas. Davam mel, cera, pescado, caça e frutos em troca de enxadas, foices, aguardente e miçangas. Assim como os demais povos indígenas brasileiros, os Goitacases guerreavam entre si e contra seus vizinhos. "Quando não se julgam fortes, fogem com ligeireza comparável à dos veados." Além do arco e da flecha, faziam, com perfeição, trabalhos com penas de aves multicoloridas, usando-as no corpo e nas armas e também em ocasiões festivas. Trabalhavam o barro, enterrando seus mortos em igaçabas.
Faziam machados de pedra, jangadas, trabalhavam com bambu e trançavam redes de fibra e cordas. Os goitacases desapareceram no fim do século XVIII, exterminados por uma epidemia de varíola disseminada criminosamente entre eles. Calcula-se que eram cerca de 12 000. Viviam em palafitas construídas sobre os pântanos à beira dos rios Paraíba do Sul e Itabapoana. Ao contrário dos índios tupis, não usavam redes: dormiam no chão. Eram grandes corredores, capazes de capturar veados a mão nua. Eram tidos pelos colonizadores portugueses como os índios mais cruéis e ferozes do Brasil. Eram canibais. Não pertenciam ao tronco linguístico tupi .
Não deixaram registros escritos de sua língua, porém presume-se que ela pertencia à família linguística puri, a qual, por sua vez, pertence ao tronco linguístico macro-jê . Conheciam a agricultura. Caçavam tubarões com o auxílio apenas de um pau, o qual era metido na boca do tubarão para o matar. Os dentes do tubarão, então, eram usados como pontas de flechas.

UMA VERDADE EMINENTE

Atahualpa ou Atahuallpa (quéchua Ataw Wallpa) (Quito, 20 de março de 1502  Cajamarca, 26 de julho de 1533) foi o décimo terceiro e último Sapa Inca(Imperador) de Tahuantinsuyu, como era chamado o Império Inca.
Atahualpa era filho do Inca Huayna Capac com Tocto Pala, que fora uma princesa estrangeira (de Quito) que desposara o Inca Tupac Yupanqui, pai de Huayna e que do leito do pai passou para o do filho.
Por isto, o seu pai Huayna deixou-lhe como legado as terras de sua mãe (ao norte de Cuzco), designando seu meio irmão Huascar, como sapa inca, fato que gerou a disputa sucessória pelo trono na qual Atahualpa, apoiado por grande exército e bons generais, venceu Huascar numa guerra sangrenta que durou vários anos.

O Sapa Inca Atahualpa sendo capturado pelas forças de Pizarro em Cajamarca.
Voltando para a cidade de Cuzco,a capital do império, para tomar posse do trono que recentemente conquistara, Atahualpa parou na cidade andina deCajamarca, conduzindo um exército de cerca de 80000 guerreiros, quando foi traído e aprisionado pelo conquistador espanhol Francisco Pizarro, no dia 16 de novembro de 1532.
O episódio ocorreu quando Atahualpa, depois de aceitar um convite de Pizarro para jantar e conversar, veio à praça principal de Cajamarca, trazendo apenas um pequeno contingente de guardas de honra.
Quando Atahualpa chegou, a praça aparentava estar vazia, pois os homens de Pizarro aguardavam ocultos. Atahualpa foi recebido apenas pelo padre Vicente Valverde que, através de um tradutor, imediatamente interpelou Atahualpa exigindo que ele e seu séquito se convertessem ao cristianismo e se submetessem à soberania do rei espanhol, ameaçando-o, pela recusa, de ser considerado um inimigo da Igreja Católica e do Reino da Espanha.
De acordo com lei espanhola, a esperada recusa de Atahualpa à tal "Exigência" permitiria que os espanhóis oficialmente declarassem guerra aos incas. Pelo relato dos conquistadores, já havia sido dada uma bíblia a Atahualpa que, tendo ouvido a insolente exigência, atirou-a ao chão, constituindo este gesto uma grave ofensa aos invasores.
O relato é de que mais de seis mil soldados incas foram dizimados no curso de duas horas e Atahualpa acabou aprisionado no Templo do Sol. Em troca da liberdade, Atahualpa concordou em encher de peças de ouro o grande aposento que ocupava, e se obrigou a dar ao espanhol o dobro daquela quantia, em prata.
Embora aturdido com o resgate, Pizarro jamais teve intenção de libertar Atahualpa, que pretendia manter refém para evitar a transferência do poder e escalada da violência, já que o general inca Ruminavi ainda estava no comando de grande contingente de guerreiros incas.
Como Huascar ainda estava vivo e poderia vir a fazer um acordo com Pizarro, Atahualpa determinou a execução de Huascar, demonstrando assim que ainda mantinha autoridade. Este fato determinou que Pizarro se apressasse em o executar. Atahualpa foi acusado de ter cometido 12 crimes, dos quais os mais importantes foram o de ter se rebelado contra o Reino da Espanha, praticar idolatria e assassinar Huascar.
Atahualpa foi julgado culpado de todas as doze acusações, e foi condenado a ser queimado vivo na fogueira. No momento da execução, Atahualpa aceitou a proposta do padre Valverde de diminuição da pena e aceitou ser batizado para em seguida ser executado por estrangulamento garroteado no dia 26 de julho de1533.
Atahualpa foi sucedido por seu irmão Tupac Huallpa e depois por outro irmão Manco Yupanqui, ambos a serviço de Pizarro.
Pedro Duarte comentou seu link. Pedro escreveu: "O episódio ocorre quando Atahualpa, depois de aceitar o convite de Pizarro para jantar e conversar,veio a praça principal de Cajamarca,trazendo apenas um contingente de guarda de honra.A praça estava vazia, pois os homens de Pizarro estavam ocultos, sendo apenas recebido pelo padre Vicente Valverde(vejam bem um padre, sacerdote, ou seja lá o nome que queiram dar)exigindo que eles se curvassem ao catolicismo, como era uma pena, capital, os que se recusassem a serem convertido, era considerado inimigo da Santa Madre Igreja Católica segundo a história mais de 6000, incas foram dizimados e, pasme diante de um padre que nada fez em defesa de um povo."